quarta-feira, 14 de novembro de 2012

.Something.


"You're asking me will my love grow
I don't know, I don't know
You stick around now it may show
I don't know, I don't know..."




Acordei com esta música na cabeça. Faz todo sentido, pois dormi com os fones de ouvido gritando Beatles em volume máximo. Gosto de dormir com música, mas sempre que acontece amanheço um pouco inquieto. 

Tentei durante as primeiras horas da manhã entender a mensagem por trás da canção e, depois de desenvolver e refutar várias teorias, cheguei a conclusão de que não existe uma explicação racionalmente inteligível para estes versos. É como se o "eu não sei, eu não sei..." fosse basicamente uma síntese daquilo que o artista quer transmitir.

Bom, tudo isso vem de encontro ao meu momento atual de vida. Sabe aquele momento em que você sente necessidade de dar nome às coisas que está sentindo? Aquela (quase que) obrigação de saber bem onde se está pisando e se esse terreno é seguro? Pois bem... mais uma vez, cá estou de frente para um dilema.

Creio que tudo isso seja legado do que a humanidade fez até hoje. Essa inquietude humanóide que nos condiciona a nomear tudo. Até mesmo o impronunciável. Tudo temperado com o agridoce dos relacionamentos.

Situação: Você conhece uma menina. Passam quase um ano se comunicando pelas redes sociais e de repente, não mais que de repente, você decide encontrá-la pessoalmente. Atravessa duas cidades inteiras pra concretizar seu objetivo. Vocês finalmente se olham, se falam, se olham de novo.. ficam. E bate aquela pausa dramática que significa que você gostou muito. Nada de desespero, nada de mãos suadas ou de insegurança. Mas um nervosismo bom.

Seus amigos te advertem que ela 'não é do tipo que você pega e depois descarta' porque 'ela se apaixona com um bom dia. Imagina com um beijo bem beijado...". E é justamente nessa hora que a vida vem e te dá aquela rasteira. Quem pensa nela minuto sim minuto não é você.. quem idealiza mensagens bonitas pra mandar via whatsapp é você. Será mesmo ela quem se apaixona com um bom dia? Mas será mesmo que isso é paixão, amor ao primeiro beijo ou coisa do tipo? Vai saber. Ou não. Não sei.

E é neste momento, meus amigos, que vocês me perguntam: Como você deixou isso acontecer de novo na sua vida? 

E eu respondo: "I don't know, I don't know..."

Só sei que "alguma coisa no jeito que ela se move me atrai como nenhum outro amor /  me mostra que eu não quero deixá-la agora..."

Um comentário:

Anônimo disse...

Que liiiiiiiiiiiiiiindo!

Quem é ela?