domingo, 24 de março de 2013

{A Busca}


Último longa metragem lançado pela parceria Globo Filmes e  O2, A Busca, que estreou no último fim de semana, foi premiado no Festival de Cinema do Rio 2012 como Melhor Filme Ficção pelo voto popular.



Dirigido por Luciano Moura e com Wagner Moura, Mariana Lima e Lima Duarte no elenco, o filme conta ainda com a direção de fotografia de Adrian Teijido e a direção de arte de Marcelo Escañuela. O roteiro, de Elena Soarez e Luciano Moura, aborda conflitos familiares e a procura de um filho desaparecido.



Apesar de partir de uma plot já desgastada pelo cinema americano: 'road movie' onde um personagem central faz de tudo para encontrar um personagem 'secundário', o longa ganha o peso de ter Wagner Moura como o protagonista Theo, médico que sai em busca do filho que fugiu de casa (com quem apresenta problemas de relacionamento).

A direção de Luciano Moura peca ao negligenciar a existência de um arco dramático curto frente ao extenso aprendizado que precisa ser percorrido pelo personagem central. Trocando em miúdos, o terceiro ato do filme não convence por conta das falhas deixadas pelo ato inicial.

O fraco diálogo introdutório nos remete a tentativa (de qualquer maneira louvável) de contemporizar o cinema nacional, abordando temáticas que fogem ao estereótipo 'favela movie' ou comédia pastelão. Entretanto, falta identificação por parte do público, uma vez que, toda a problemática do filme se sustenta sobre uma questão, digamos, sofisticada demais para a realidade do brasileiro.

Excessivas locações (= ralo de dinheiro). Desta vez, tenho que concordar com alguns amigos que fazem uso dessa expressão. Muitos ambientes utilizados pelo filme eram altamente dispensáveis. Fora a publicidade da Volkswagen presente em pelo menos 70% do tempo de exibição.

A participação de Lima Duarte nos momentos finais empresta um pouco de maturidade ao longa que termina deixando o amargo de uma proposta animadora, porém de execução dúbia


Fotos: Divulgação || O2 Filmes

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